domingo, 27 de maio de 2012
WIKI: A GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
A gestão democrática
não deve se centralizar somente no Diretor da escola, mas também deve ser
discutida, compreendida e exercida pelos alunos, funcionários, professores,
pais e mães de estudantes, gestores, bem como pelas associações e organizações
sociais da cidade e dos bairros. É um direito da sociedade e um dever do Poder
Público. A escola se configura como um espaço de reconstrução e inovação,
abrindo momentos para a formulação da gestão educacional e escolar, sendo que a
mesma nem sempre é do agrado de todos, mas tem de ser feitas, embora seja
centro de mudanças que atinge as pessoas, pois a gestão se faz interagindo com
o outro e baseado em muito diálogo, negociação, humildade, aceitação, gestão de
conflitos, tomadas de decisões e muitos outros fatores.
As escolas, os
gestores, os professores, os alunos e a comunidade escolar são agentes
fundamentais no processo de emancipação dos envolvidos na educação, por isso
precisam ser incluídos no desenvolvimento de programas, projetos e ações que cercam
a produção do trabalho escolar, pois devem ser concebidos como agentes
transformadores da realidade em que atuam. A
emancipação social dever ser criada numa perspectiva democrática e de
qualidade, sendo um projeto de inclusão que envolva a todos sem exceções. O
homem tem suas históricas necessidades dentro da área da educação, dentre elas
estão o desenvolvimento físico, político, social, cultural, filosófico,
profissional, afetivo e outros. Temos como avanços dessas necessidades do ser
dentro da educação, incluindo-o na participação ampla nos processos de gestão
da mesma, o Projeto Político Pedagógico (PPP), avanço tal que pode centralizar
os gestores, professores, alunos, comunidade e pais num processo democrático de
gestão educacional.
A gestão educacional
democrática contempla a divisão de direitos e deveres entre os seres envolvidos
consolidando a ideia democrática na escola. O poder não se centraliza somente
nas mãos dos gestores (diretor e pedagogos), mas abre um leque amplo de opções
de inclusão das outras pessoas envolvidas na educação, tornando a escola um
local de discussão, escolha, realização e implantação de projetos antes
impossíveis de se colocar em prática, pois a partir do momento em que tudo é
resolvido de forma democrática, às dificuldades são minimizadas e soluções
práticas e que agradem a maioria são colocadas em uso, basta ver que sempre que
um grupo maior e abrangente inicia a busca por algo, um direito, uma melhoria
ou uma mudança na qualidade de ensino e valorização dos professores e dos alunos,
para exigir investimentos em coisas físicas e materiais na estrutura da escola,
cita: reforma compra de equipamentos, livros para biblioteca, material de
informática e muitas outras necessidades do dia a dia que nem sempre é disponibilizada
pelo poder público, a chance de sucesso é muito maior, pois nesse empenho estão
envolvidos todos os interessados, dando maior poder de palavra à instituição de
ensino e principalmente a “gestão democrática” do mesmo.
Fonte: Apostila de
Praticas de ensino, pag. 9 a 21- IFES/CEAD- Licenciatura em Informática.
http://videos.ifes.edu.br/index.php?option=com_hwdvideoshare&task=viewvideo&Itemid=1&video_id=442
terça-feira, 15 de maio de 2012
Resumo Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade no Ensino.
Arindo
Siston Junior
Atila Raphael
Carlos Alberto Pacheco
A realidade do ensino no Brasil, em todos os níveis, é a convivência
cotidiana com uma organização de ensino fragmentada e desarticulada, em que os
currículos escolares são constituídos por compartimentos blindados e
incomunicáveis, que produzem uma formação humana e profissional de alunos e
professores insuficiente para o enfrentamento das práticas sociais que exigem
formação mais crítica e competente.
O capitalismo dá origem a diferentes processos de ruptura e alienação
do gênero humano enquanto tal. As instituições educativas (a família, a escola
e outras) sempre estiveram vinculadas às relações de produção. Com a Revolução
Industrial, a escola vai-se consolidando como principal instituição de formação
para o trabalho, não só em sua dimensão técnica - o capital beneficiou-se da
desqualificação do trabalhador - mas principalmente em sua dimensão política: a
formação cultural ideológica dos indivíduos para o trabalho industrial.
O ensino é colocado a serviço da formação das elites dirigentes e
também produz conhecimentos críticos para a interpretação das relações sociais
contraditórias que conduzem a seu enfrentamento e transformação. A organização
curricular fragmentada e desarticulada, disciplinar, reflete a cisão histórica
das atividades humanas imposta pelo modelo industrial à maioria das populações.
Correndo o risco da simplificação desta idéia, pode-se dizer que o conhecimento
veiculado nas escolas vem sendo organizado de forma tão estanque e fragmentado
como a organização do trabalho industrial que coloca o indivíduo como objeto de
ação parcial e obriga-o a constituir-se em um homem dividido, alienado,
desumanizado.
As novas tecnologias presentes no trabalho industrial reorganizam as
relações de trabalho e de produção, os meios de produção querem agora
trabalhadores mais qualificados, flexíveis, com nova base técnica e científica
(constituída fundamentalmente pela informática), trabalhadores multifuncionais.
Um novo pensamento técnico e científico vem produzindo grandes
modificações na organização da produção capitalista representa um avanço no que
diz respeito ao caráter mecânico e fragmentado das formas organizativas do
trabalho moderno.
Considerando que a divisão do trabalho industrial nos últimos tempos
influenciou a organização curricular, podemos entender que a reorganização do
trabalho atual, com sua flexibilidade e exigência de multifuncionalidade, estão
influenciando a reorganização dos currículos.
A idéia mais discutida e praticada, em geral, é a
multidisciplinaridade. Uma das questões que se coloca para discussão é a das
diferenças de fundo entre os conceitos de disciplinaridade,
multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdiciplinaridade.
A multidisciplinaridade esgota-se nas tentativas de trabalho
conjunto, pelos professores, entre disciplinas em que cada uma trata de temas
comuns sob sua própria ótica, articulando, algumas vezes bibliografia, técnicas
de ensino e procedimentos de avaliação. Pode-se dizer que na
multidisciplinaridade as pessoas e as disciplinas do currículo escolar, estudam
perto, mas não Juntas, não fazendo a justaposição de disciplinas.
A transdisciplinaridade tem sido discutida, de forma ainda vaga,
parece trazer em seu interior a possibilidade de um vale tudo um pouco perigoso, a mesma
insere-se na busca atual de um novo paradigma para as ciências da educação bem
como para outras áreas, como na saúde coletiva,
A superação do caráter fragmentado da organização do ensino exige que
se considerem as relações sociais fragmentadas da organização capitalistas. Um vale tudo neste sentido é preocupante
por correr o risco de não ir às últimas conseqüências na necessidade de
transformação social para e pela construção de um projeto de ensino que tenha o
processo de humanização do indivíduo como meta.
As instituições responderam a algumas exigências do movimento
estudantil iniciando a busca de novos pressupostos que levaram a modificações
estruturais e curriculares. A interdisciplinaridade apareceu, então, para
promover a superação da super especialização e da desarticulação teoria e
prática, como alternativa à disciplinaridade e tem inspirado à crítica à
organização social capitalista, à divisão social do trabalho e a busca da
formação integral do gênero humano.
Trazendo essas reflexões para a compreensão de nosso tema, o ensino,
a interdisciplinaridade pode ser tomada como um meio de se quebrar a proteção
das disciplinas dos currículos escolares que se encontram isoladas. A
interdisciplinaridade é uma conceituação comum, orgânica, entre as várias disciplinas. No que diz respeito ao ensino, em
todos os níveis, é possível adaptar os currículos a uma organização
interdisciplinar. É neste sentido que vem sendo discutida a proposta de núcleos
temáticos, nos currículos de graduação em algumas instituições de ensino
superior e a proposta de eixos transversais interdisciplinares, no ensino
fundamental e médio. Apesar das dificuldades para a construção do trabalho
interdisciplinar numa estrutura de ensino como a nossa, estas propostas merecem
ser analisadas, na perspectiva da especificidade de cada nível e cada curso,
como uma possibilidade de viabilizar a construção do ensino interdisciplinar em
nossas escolas.
O mais importante é garantir a categoria da historicidade material. O
conceito de interdisciplinaridade parece o mais indicado na garantia desta
necessidade, constituindo-se em um importante eixo organizativo da educação e
do ensino.
Devemos enxergar o universo do ensino de forma abstrata, fazendo uma
interligação das matérias umas com as outras e usando a interdisciplinaridade
para formarmos um censo crítico e adaptativo nos alunos em relação as matérias
ensinadas, pois o ensino deve ser interligado potencializando o conhecimento e
aumentando o aproveitamento do educando dentro da realidade interdisciplinar, e
não esperar que essa ligação entre as disciplinas seja feita pelo próprio
aluno, pois o mesmo já vem com a tendência a não conseguir interligar as
disciplinas, temos de formar seres autônomos e independentes com pensamentos
críticos e próprios.
Fontes:
Marília Freitas de Campos Pires_Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Tr
Assinar:
Postagens (Atom)