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sábado, 8 de junho de 2013

Resenha do filme Sociedade dos poetas mortos.

O filme se passa em uma escola de nome Welton, a mesma tem uma educação rígida, tradicional, baseada nos princípios de tradição, honra, disciplina e excelência, o mesmo é uma crítica ao modelo tradicional e conservador, como sendo apenas um formador de pessoas pré-moldadas, suas opiniões se baseiam em ideias de escritores famosos, mas ao mesmo tempo em que não condizem com o momento atual vivido pelos personagens. O professor John Keating, recém-chegado a escola, motiva os alunos a rasgarem as introduções de um livro e extinguir o ensino de como entender poesia, os educandos devem criar a sua maneira de pensar, e também devem viver intensamente cada momento, a frase “carpe diem rapazes! Aproveitem o dia rapazes! Demonstra a importância dessa forma de viver”.
Num trecho importante do filme, o personagem de nome Neil Perry, motivado pela ideia da “Sociedade dos Poetas Mortos”, (essa sociedade existia quando o professor John Keating havia sido estudante naquele internato), ideia essa de ser livre pensante e de ser construtor de sua própria história, descobre que tem talento para atuar em artes cênicas, Neil assim o faz por amor ao teatro, mas, tal desejo, vai contra a vontade de seu pai, após tentar convencer o mesmo que permitisse ser o que queria, sem sucesso,  Neil, que pensava por si, revoltado com a posição autoritária de seu pai, se desespera e comete suicídio.
Em outro trecho interessante do filme, uma frase escrita num livro, no lugar da introdução, por um membro da sociedade dos poetas mortos, que diz: “Fui à floresta porque queria viver profundamente e sugar a essência da vida, eliminar tudo o que não era vida, e não, ao morrer, descobrir que não vivi”. A frase é um convite para que aproveitemos tudo àquilo de bom que a vida nos dá, como durante todo o filme o professor Keating orienta seus alunos, dentro de princípios, que aproveitem à vida. Em uma frase do professor Keating, ele diz: “Há coisas que são necessárias para a vida, porém há outras que nos mantém em pé, que nos tornam humanos”. Essa frase busca justificar a importância da poesia, que expressa valores e ideias que são indissolúveis ao ser humano: como a liberdade, o ato de pensar por si, o amor, paixões e à felicidade, posto que a matemática, a gramática e a física, mostram coisas prontas, entendendo o ser humano como algo acabado, que se prende  a uma posição que não alcança à felicidade pessoal, essas são coisas apenas necessárias para a vida. Ao final do filme o professor John Keating, acaba por ser demitido da escola, ato esse motivado pelo triste fim do aluno Neil Perry, que se suicidou por um sonho que não podia realizar.
O filme “Sociedade dos poetas mortos” mostra que a educação e a vida estão ligadas de forma indivisível, e também que, o que aprendermos na escola, usaremos por toda a vida, destaca o pensar por si só, sem influência de outras pessoas, mostra que os moldes da sociedade devem ser questionados, e se preciso mudados a bem da realização do ser e da felicidade do mesmo, e que a liberdade do ser humano depende somente dele, e de mais ninguém.

Fonte: Sociedade dos Poetas Mortos. Produção de Peter Weir. EUA: Abril Vídeo, 1989, Filme (128 minutos).

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